segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SEICHO-NO-IE - FILOSOFIA OU RELIGIÃO?

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Tenho percebido muitos católicos e evangélicos não-praticantes ingressarem nos caminhos de uma seita ramificada do Budismo chamada Seicho-No-Ie, que significa, em japonês "Lugar do Progredir Infinito". Cristãos despreparados, que se desviaram, ou que jamais foram cristãos de fato, chegam a justificar seu ingresso a essa seita com as desculpas: "Trata-se apenas de uma filosofia de vida"; "Eles falam de Jesus como a gente"; "Eu sinto paz de espírito ali". Ser uma filosofia, falar de Jesus e sentir paz não significa que seja um caminho correto para um cristão trilhar. Muito menos porque "faz bem" justifica adentrar-se por essa porta repleta de heresias contra a pessoa de Deus. Veja por que é de fato assim.
É apenas uma filosofia?
Para aqueles que se enveredaram por essa religião fundada em 1930 por Masaharo Tanigushi, travestida de filosofia, muito atuante aqui no Brasil, convém citar como seus representantes, praticantes e profundos conhecedores dessa seita a definem:
"A Seicho-No-Ie pode ser considerada uma filosofia de vida e também uma religião. Não há rigidez de conceito neste sentido. Ela tem como objetivo despertar no coração das pessoas a verdade de que todos são filhos de Deus e fazer com que, através de atos, palavras e pensamentos, tornemos este mundo um mundo melhor." - http://www.sni.org.br/oque.asp
Conforme se pode notar, ela é considerada sim uma religião por seus próprios integrantes. E como religião, entende erroneamente que todos sejam filhos de Deus. Em primeiro lugar, quem é Deus para essa seita religiosa? Um de seus livros usados aqui no Brasil define Deus da seguinte forma:
"O homem é o próprio Deus, e por isso, possui tudo dentro de si". - O Acendedor, Ano 9, 1973, Número 55, página 8. "A maior entre todas as descobertas é a descoberta do verdadeiro eu. O verdadeiro eu é o Deus onipotente." - O Acendedor, Ano 3, 1967, Número 8, página 10. Deus é o todo em tudo." - O Acendedor, Ano 9, 1973, Número 9, página 7.
Se o nosso "eu" é o Deus onipotente, como poderíamos considerar a Seicho-No-Ie como um bom caminho filosófico-religioso a ser seguido? A Bíblia diz que há um único Deus verdadeiro, segundo o próprio Jesus. (João 17:3) E nós adoramos esse Deus em espírito e em verdade, o que nos distingue dele. (João 4:24) Ademais, se Deus é o todo em tudo, conclui-se que esta definição sobre Deus é panteísta, ou seja, tudo é Deus para eles. Essa crença é anátema ao cristianismo. Por mais bela e até poética que ela pareça ser ao ser definida e divulgada, Deus não se revelou dessa forma impessoal na Bíblia. Deus está, de fato, em toda a parte, mas não é, por exemplo, uma flor, um animal, ou o "eu" de cada um, mas um Ser Pessoal, Todo-Poderoso e Criador Inteligente. Por isso, em parte alguma das Escrituras se aprende que Deus permeie, abranja e se encontre em todas as coisas, ou que ele seja tudo em todos e todos em tudo. É por isso que observamos na literatura Seicho-No-Ie tratarem Deus com pronomes impessoais. Veja um exemplo:
"O verdadeiro Deus é aquilo que recompensa indistintamente a todos." - TANIGUCHI, Masaharu. A Verdade da Vida. Volume 2, página 90. São Paulo.
Em segundo lugar, filho de Deus, conforme a Palavra de Deus, é aquele que recebeu Jesus em sua vida como seu único e suficiente Salvador. (João 1:12; Gálatas 3:26) Mas para uma seita que apregoa cada "eu" como Deus torna-se muito fácil ensinar que todos nós sejamos filhos de Deus, ou seja, de outras pessoas cujo "eu" também é Deus.
O mesmo método da Maçonaria
Muitos seguidores dessa seita, iguais aos maçons, evitam se rotular de religião para que pessoas que já possuem uma religião possam permanecer nela e estar ao mesmo tempo na Seicho-No-Ie. Iguais aos maçons, são sincretistas, ou seja, misturam crenças de várias religiões, como o Budismo, Cristianismo e o Xintoísmo. Por isso há maçons-budistas (ou budistas-maçons) que afirmam ser cristãos católicos e até evangélicos, se não forem espíritas também devido à proximidade de crenças como o carma.
Como responder aos membros da Seicho-No-Ie?
Não raro, adeptos dessa seita sincretista poderão convidar você a assistir suas palestras. Será muito sábio de sua parte evangelizá-los. Eles são, em sua grande maioria, pessoas extremamente educadas, principalemente os de origem oriental. Eles ouvirão você falar de Jesus. E como essa seita se preocupa muito em despertar no coração das pessoas que todos são filhos de Deus e que, através de atos, palavras e pensamentos, poderemos tornar esse mundo melhor, você terá uma grande oportunidade de mostrar como sua conversão a Jesus Cristo e seu conhecimento da Palavra de Deus têm contribuído para você se tornar melhor pai, mãe, filho, vizinho, bem como a melhorar este mundo, através de qualidades (ou fruto) que o Espírito Santo de Deus lhe ajuda a desenvolver: Amor, alegria, paz, benignidade, bondade, fé, mansidão, longanimidade e autodomínio. (Gálatas 5:22, 23) Por fim, seria muito interessante convidar seu conhecido membro da Seicho-No-Ie a realizar em sua casa ou na dele um estudo comparativo entre a doutrina cristã e a dele. Vá preparado. Deus o abençõe nessa maravilhosa tarefa de evangelizar adeptos de uma seita que oficialmente não faz questão em ser chamada de filosofia ou religião, e que tem um Deus panteísta.
Fernando Galli.